A eficácia das vacinas COVID-19 contra casos graves e óbitos no Brasil de 2021 a 2022: um estudo baseado em registro.

Desde o início da atual pandemia da COVID-19 foram contabilizados, somente no Brasil até o dia primeiro de julho de 2022, mais de 32 milhões de casos confirmados e 670 mil mortes por complicações da doença. E um passo fundamental para acabar com esse cenário é a implantação de vacinas com eficácia duradoura.
O Brasil começou a vacinar a população em meados de janeiro de 2021, priorizando pessoas com risco relativamente alto de doenças graves, populações vulneráveis, profissionais de saúde e estendeu-se aos poucos para toda a população pela diminuição da idade.
A vacinação começou principalmente com as vacinas CoronaVac e AstraZeneca, sendo posteriormente incorporadas as vacinas da Pfizer e da Janssen. Porém, com o aumento de Variantes de Preocupação (VOCs) e um aumento no número de infecções relatadas geraram questionamentos sobre a proteção a longo prazo da vacina. Desse modo, este estudo se fez necessário como forma de analisar a estimativa da eficácia da série primária de vacinação e suas respectivas doses de reforço na proteção contra casos graves e mortes no Brasil durante o primeiro ano de vacinação.
Um conjunto de dados de coorte de mais de 158 milhões de registros de vacinação e casos graves vinculados a registros nacionais oficiais foi analisado por meio de um modelo de Poisson de efeitos mistos, ajustado para idade, estado de residência, tempo após a imunização e tempo de calendário para estimar a eficácia absoluta da vacina do série primária de vacinação e a eficácia relativa do reforço. O método permitiu a análise de eficácia contra internações e óbitos, inclusive nos períodos de dominância da variante.
Após vencer toda a análise e critérios pré estabelecidos, este estudo evidenciou que as vacinas atuais foram altamente eficazes contra casos graves e óbitos durante o primeiro ano da campanha. Mesmo com a incidência de variantes de preocupação, a vacinação cumpriu com sua proposta de frear casos graves e óbitos. Isso porque as evidências de análise mostram que o fator de proteção não desaparece completamente, e mesmo 20 semanas após a série primária de vacinação, a proteção atinge um percentual de 25%, independentemente da vacina recebida ou da faixa etária. Uma outra percepção foi a inserção de doses de reforço, principalmente de forma heteróloga, que manteve a eficácia comprovada.
Para acessar o estudo na íntegra, acesse: