Março Lilás: vacinas, exames periódicos e preservativos são aliados no combate ao HPV

O câncer do colo do útero, responsável por mais de 5 mil óbitos de mulheres brasileiras por ano, é o tema central da Campanha Março Lilás, uma iniciativa do Governo Federal que visa conscientizar a população sobre a prevenção e o combate a essa patologia.

No Brasil, excluídos os de tumores de pele não melanoma, o câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais incidente entre as mulheres. Para este ano de 2023, estima-se mais de 17 mil novos casos, segundo levantamento feito pelo INCA (Instituto Nacional do Câncer).

Pela análise de cada Região de Federação, o câncer do colo do útero aparece como o segundo mais incidente na região Norte (20,48/100 mil mulheres) e Nordeste (17,59/100 mil mulheres). É o terceiro mais diagnosticado na região Centro-Oeste (16,66/100 mil mulheres) e a quarta no ranking do sul do país (14,55/100 mil mulheres). E na região Sudeste esta doença ocupa a quinta posição (12,93/100 mil mulheres).

A doença é rara em mulheres até 30 anos, prevalecendo o pico de sua incidência dos 45 aos 50 anos.

 

Por se tratar de uma doença que tem sua progressão silenciosa, a percepção dos sintomas só ocorrem em fase mais avançada, o que pode prejudicar a eficácia do tratamento. Em sua evolução, são relatados quadros de sangramento vaginal intermitente ou após relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal. Desconforto ou episódios específicos nas regiões urinárias e intestinais são queixas de quadros mais graves.

 

Este tipo de câncer, causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV) é transmitido sexualmente. A infecção genital por esse vírus é muito comum e não causa a doença, na maioria das vezes. Em alguns casos, alterações celulares ocorrem e é onde acontece o diagnóstico da doença.

Há duas principais categorias de carcinomas invasores do colo do útero: o carcinoma epidermoide, tipo mais incidente e que acomete o epitélio escamoso (representa cerca de 90% dos casos), e o adenocarcinoma, tipo mais raro e que acomete o epitélio glandular (cerca de 10% dos casos).

A principal forma de prevenção desta neoplasia é o uso de preservativos e a visita regular ao médico, para que os exames preventivos possam ser realizados na frequência ideal. Além disso, desde 2014, o SUS (Sistema Único de Saúde) aplica de forma gratuita as vacinas contra o HPV. Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos devem se proteger e seguir o esquema vacinal proposto.

Pesquisas indicam que as vacinas contra o HPV podem proteger até 70% dos cânceres do colo do útero e 90% das verrugas genitais.

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