Terapias genéticas: alternativas para torná-las financeiramente mais acessíveis

As terapias genéticas, uma grande promessa para o campo dos cuidados clínicos, é uma área de inovação e está em franco crescimento. Paralelo a isso, vivemos um impasse burocrático, pois seus custos excepcionalmente altos, impedem o amplo acesso a essas terapias, tanto da população comum através do meio privado de saúde, como do setor público, por meio de suas políticas públicas de saúde.

 

Nos Estados Unidos, por exemplo, todas as terapias genéticas aprovadas até agora são advindas de estudos, pesquisa e investimento de instituições acadêmicas ou de seus desdobramentos, incluindo pequenas empresas com capital investidor. Uma das possibilidades de tentar baratear esse processo seria a parceria com empresas e/ou instituições com know how em gerenciamento de ensaios clínicos e todo o trâmite que o envolve. Uma segunda alternativa que poderia impactar nos custos finais das terapias genéticas envolve os reguladores e os formuladores de políticas, pois quanto mais licenciamentos (dentro das regras) se emitir, mais fabricantes interessados a entrarem no jogo teremos, estimulando assim, naturalmente, a livre concorrência.

 

Por fim, uma terceira possibilidade é a forma com a qual esse processo de negociação de preços acontece. Seria necessário um esforço maior, também por parte dos órgão públicos reguladores, de lançar possíveis mecanismos inovadores de negociação de valores, ampliando de forma considerável a lista de drogas contempladas.

 

As terapias genéticas são, de fato, a última esperança para alguns pacientes. Desse modo, se pensar em formas e possibilidades de se baratear seus custos de produção e comercialização se faz urgente. Entende-se que é preciso reunir forças e esforços em prol do bem comum, garantindo produtos de qualidade e eficazes a um custo acessível a todas as pessoas.

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